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  Ajuda com cheiro a pólvora: mais de 600 palestinianos mortos ao tentar receber alimentos Nos últimos cinco semanas, mais de  600 palestinianos  foram mortos em Gaza enquanto esperavam por ajuda alimentar nos centros da  Gaza Humanitarian Foundation (GHF)  — uma organização apoiada pelos  Estados Unidos e por Israel . A informação foi confirmada por vários meios internacionais, incluindo a  Al Jazeera ,  AP News ,  Reuters ,  Sky News  e  Amnesty International . Este número, por si só, já seria insuportável. Mas torna-se ainda mais brutal quando se sabe que as vítimas estavam  desarmadas, famintas e em busca de alimento  — não em campos de batalha. O que está a acontecer? Desde finais de maio, a GHF passou a concentrar a distribuição de ajuda humanitária em  quatro “mega-centros”  em Gaza. Segundo relatos da imprensa internacional, estas zonas estão sob vigilância e controlo de  seguranças privados nor...
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  A Metade que Falta Há momentos que parecem incompletos, mesmo quando são belos. Como se faltasse neles uma metade invisível — não uma coisa, nem uma pessoa em concreto, mas um gesto, um olhar, um estar com. Falo da partilha. Não da partilha ruidosa, feita de palavras e explicações, mas daquela presença silenciosa que faz com que um instante deixe de ser apenas nosso para se tornar comum. Aquela partilha onde o mundo ganha eco — e, de repente, aquilo que sentimos encontra morada em alguém. Há dias em que tudo corre bem. O dia está bonito, o mundo parece calmo. Mas, por dentro, há uma ausência difusa. Como um filme visto numa sala escura onde, ao nosso lado, não há ninguém para murmurar “viste isto?”. Ou como um pôr do sol que se espalha em cores magníficas e nos deixa parados, sozinhos diante da beleza — sem uma alma que diga: “sim, estou a ver contigo.” A ausência de partilha não tira o valor ao momento. Mas tira-lhe espessura. Porque há alegrias que só se completam quando ...
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  A História acabará por reconhecer o genocídio em Gaza July 1, 2025   /  Leave a comment   /  Edit A História acabará por reconhecer o genocídio em Gaza Tradução livre de um artigo de Somdeep Sen, publicado na Al Jazeera A História ensina-nos que os genocídios só raramente são reconhecidos enquanto estão a acontecer. Foi assim com os Herero, os Nama, o genocídio do Ruanda e até o Holocausto. No presente, Gaza parece seguir o mesmo caminho. A destruição sistemática de vidas, casas, hospitais e redes de sobrevivência palestinianas é acompanhada de discursos que desumanizam toda uma população. Apesar da documentação abundante e das denúncias de várias organizações internacionais, os líderes mundiais hesitam em chamar-lhe “genocídio”. A razão é simples: política e alianças estratégicas. Mas, como noutras tragédias históricas, a verdade virá ao de cima — mesmo que demasiado tarde para os que hoje vivem (e morrem) sob as bombas. 👉 Artigo original:  Al Ja z...
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  🧭 2% que Vetam o Mundo: A Influência da Comunidade Judaico-Americana na Política Externa dos EUA Pedro Baptista Julho de 2025 Embora represente apenas cerca de 2% da população americana , a comunidade judaico-americana tem desempenhado um papel crucial na formação da política externa dos Estados Unidos, especialmente na defesa sistemática de Israel em foros internacionais , mesmo quando essa defesa implica o uso do veto no Conselho de Segurança da ONU contra resoluções condenatórias amplamente apoiadas pela comunidade internacional . 🏛️ 1. O Poder dos Lobbies: AIPAC e Além Organizações como a AIPAC (American Israel Public Affairs Committee) têm uma capacidade sem paralelo de influenciar decisores políticos: Financiamento e aval político a candidatos pró-Israel; Campanhas de pressão coordenadas no Congresso; Relações estreitas com administrações de ambos os partidos. Este lobby profissionalizado não representa toda a diversidade da comunidade judaica america...
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  O que a lei diz, o que o mundo cala: os colonatos israelitas e o silêncio internacional 🪶 O que a lei diz, o que o mundo cala: os colonatos israelitas e o silêncio internacional No coração do prolongado conflito israelo-palestiniano, há uma realidade jurídica e moral muitas vezes silenciada:  os colonatos israelitas nos territórios ocupados são ilegais à luz do direito internacional. A comunidade internacional reconhece essa ilegalidade — mas recusa agir sobre ela. De acordo com a Quarta Convenção de Genebra (art. 49) , é expressamente proibido a uma potência ocupante transferir parte da sua população civil para o território ocupado. Esta cláusula visa impedir a alteração deliberada da composição demográfica de territórios sob ocupação militar. Contudo, desde 1967, Israel construiu centenas de colonatos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, onde hoje vivem mais de 700 mil colonos israelitas . A Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU , aprovada em 2016, dec...
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  O Peso do Silêncio A prisão era de segurança máxima, num país distante, onde a vida se pagava com a morte. Eram seis, em celas individuais, alinhadas num corredor que, à hora marcada, cada um teria de atravessar para se deitar naquela cama travestida de maca hospitalar — com tubos, máscaras e a agulha letal. Não havia vozes. Não havia olhares. Cada um encerrado no seu cubículo, dentro de si próprio. O tempo era feito de silêncio. À lentidão da justiça, à burocracia, aos recursos, somava-se o sadismo ocasional de um carcereiro que, ao recusar qualquer previsão, mantinha viva a angústia do momento fatal. Numa noite, a luz do corredor acendeu-se fora de hora. A grade da cela mais distante rangeu. O condenado saiu — mudo como sempre, sem expressão, sem emoção — ladeado por dois guardas. Atrás dele, o corredor voltou a fechar-se. Passado algum tempo, regressaram só os dois. Em silêncio. E naquela cela, agora vazia, o silêncio era o mesmo. Mas nos outros cinco, ele ganhou peso. U...
  Pelo fim do silêncio de Portugal face aos crimes de guerra em Gaza https:// peticaopublica.com/?pi=PT126101 #peticaopublica #peticao via @peticaopublica Texto da Petição À Assembleia da República, ao Governo da República e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros Os abaixo-assinados, cidadãos portugueses, vêm por este meio manifestar a sua profunda indignação perante os relatos crescentes e documentados de crimes de guerra cometidos pelas Forças de Defesa de Israel contra civis palestinianos na Faixa de Gaza, nomeadamente o disparo deliberado sobre populações desarmadas que procuravam ajuda alimentar. Tais atos, denunciados por soldados israelitas e publicados em meios como o jornal Haaretz , não podem continuar a ser ignorados sob o pretexto de alianças diplomáticas ou de equilíbrios geoestratégicos. A passividade ou neutralidade perante estas ações constitui, na prática, uma forma de conivência. Exigimos que: A Assembleia da República e o Governo de Portugal se pronunciem...